terça-feira, 20 de novembro de 2007

É um absurdo a gente ter que mostrar tudo o que aprendemos a vida inteira, desde 2 + 2= 4, "b" com "a" faz "ba" até sínteses de Wurtz e leis da gravitação universal, em apenas quatro ou cinco horas. E o pior , pra várias pessoas que você nunca viu mais gordas ( na verdade algumas delas eu conheço pq são meus professores, mas como eles não vão saber qual que é a minha prova, eu conto como se não os conhecesse).
Pra ser sincera é só parte daquilo que aprendemos pq vc estuda 15364658465146845 de coisas pra na hora fazer uma prova de, em média,10 questões por matéria abordando aproximadamente uns oito tipos de conhecimentos (ler, interpretar, escrever, às vezes simples cálculos e uns dois ou três conhecimentos específicos que a questão exige).
Há pessoas que não se incomodam, dizem que gostam de estudar - parabéns pra elas; eu não gosto, estudo só pq é necessário.
Fala sério né! Ninguém sai pela rua dizendo : " Ops! Tropecei numa rocha metamórfica!" , "Fulano de Tal fundou o partido X e fez uma revolução Y no país Z", " Tô com uma pena das plantinhas! As pobrezinhas não conseguem fotossintetizar pq a taxa de gás carbônico do meio tá muito baixa e sabe como é né?! 6 CO2 + 6 H2O = C6H12O6 + 6 O2".
Não quero dizer que é inútil aprender isso, até acho algumas coisas bem interessantes. Mas, a menos que vc vá trabalhar com esse assunto, é o tipo da coisa que não deveria ser cobrada pra decidir o seu futuro.

Hoje eu vi no jornal que um ser pensante, cujo nome eu não lembro, propôs uma "reforma" no vestibular. As universidades teriam parte de suas vagas reservada para os bons alunos (e modéstia à parte, eu ia me dar muito bem com essa história). A avaliação seria feita ao longo do ensino médio. Se a proposta for isso mesmo que eu entendi é uma ótima idéia. Pena que se ela for posta em ação não será pro vestiba desse ano e eu ainda terei que passar vááááárias horas queimando os miolos.